As criptomoedas e particularmente a mais conhecida delas, o bitcoin, têm ressignificado ou lançado inúmeros termos que nomeiam o funcionamento, as movimentações, as validações etc. realizadas na blockchain. Entre eles podemos destacar a ‘mineração’. Obviamente, o termo nos remete à extração de minérios em minas profundas. Ou, para quem está mais inteirado com a informática, mineração de dados: aquela análise matemática para descobrir informações em uma enorme quantidade de dados.
Em blockchain, mineração é a verificação e validação de todas as transações que acontecem na rede de bitcoin. A mineração é feita na internet e utiliza softwares e computadores específicos com capacidade para processar transações peer-to-peer. Qualquer pessoa pode contribuir nesse processamento. Cada minerador passa a fazer parte dessa rede, que se assemelha ao Torrent. A compensação é em bitcoins.
Embora cada vez mais raro, pessoas ainda mineram bitcoins sozinhas, desde que tenham conexão veloz, equipamento específico e energia elétrica barata. Atualmente, a maioria prefere se unir em pools para ter mais força de processamento e, mesmo, formar empresas, que se valorizaram grandemente no mercado. Afinal, a remuneração em bitcoins pode ser muito lucrativa!
Os equipamentos precisam ser robustos para manter um centro de dados, que consome muita energia. Esta é a razão pela qual não se aconselha a fazer mineração em países cuja energia é muito cara, como o Brasil, que é o sexto no mundo, em custos para gerar eletricidade. Tais computadores se tornam como nós da rede de bitcoins e, dispersos geograficamente, atestam a origem do bitcoin, se a operação não é falsa, se a criptomoeda não está sendo gasta duas vezes, enfim, a legitimidade da transação.
Há também empresas de mineração em nuvem que permitem que pessoas minerem sem ter que comprar os equipamentos. O formato descentralizado, sem uma corporação que regule a cotação do bitcoin, é que torna a blockchain realmente diferente. O que autentica a operação de forma absolutamente segura é que os mineradores, a cada dez minutos, encapsulam todo o conteúdo das operações, em um bloco, e informam a todos os nós da blockchain que aquelas transações são legítimas. Uma vez lançada, toda rede registra a transação, o que a torna imutável.