Após ter sido publicada há cerca de três meses pelo BACEN, a resolução número 4474, que trata da digitalização e gestão de documentos provenientes das operações e transações bancárias realizadas em todo o território nacional, ainda é motivo de muitos estudos pelas instituições financeiras brasileiras. Como o texto abre a possibilidade da contratação de terceiros para a prestação dos serviços determinados na lei, os bancos estão reunindo informações e entendendo todas as diretrizes para definirem suas estratégias.
Inon Neves, especialista em gestão documental e vice-presidente da Access, maior empresa de capital privado na área de gestão documental do mundo, afirma que a companhia ainda não identificou uma mudança na busca pelo serviço, já que se trata de um assunto recente e com muitos pontos que precisam ser melhor esclarecidos. “Apesar disso, o que constatamos nos contatos diários com o segmento é que todos estão bastante ansiosos para iniciarem a transformação digital, considerando que a medida é 100% benéfica para o setor”, diz.
O executivo afirma que neste primeiro momento existe uma tendência identificada de que o “paperless” seja implantado nas novas transações e operações bancárias, deixando o legado como está. Segundo ele, a resolução traz uma cadeia de exigências sobre a digitalização, o processo de guarda na web e a destruição do documento físico. Fatores como estes exigirão das instituições financeiras toda uma estrutura de operação, com equipe capacitada e de extrema responsabilidade perante o sigilo das informações.
“Como somos especialistas em soluções para esse mercado, temos serviços condizentes com a norma, dentro das melhores práticas de segurança, garantindo os princípios de confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação, com alto nível de criticidade” diz.