Startup financeira é jogo de profissionais

Muito conhecimento do mercado e capacidade de lidar com regras e processos de negócios, seja para conformidade ou ruptura, diferenciam as fintechs de outros empreendimentos digitais. Essa foi a principal abordagem do painel moderado por Alexandre Lara, do Kitado, que aconteceu 09/06, no Fintech View, evento promovido pela Cantarino Brasileiro.

Felipe Matos, diretor da StartupFarm, um dos painelistas falou sobre as barreiras do mercado financeiro. “Não são aplicações para um chamar táxi ou compartilhar fotos. É um setor com uma média de idade maior entre os empreendedores, com muita gente que vem do mercado financeiro e conhece a sua complexidade”.

Marcelo Bradaschia, sócio do FintechLab, destaca a necessidade de adequação às regras locais, que podem variar dentro da mesma região ou país. “Nos EUA, assim como as normas de trânsito ou pena de morte, regras para operações financeiras também variam entre os estados”, exemplifica. “Vemos três ondas no movimento das fintechs. Em um primeiro momento, navegam por onde a regulação existente permite e fazem melhor os serviços em que as instituições deixam a desejar. Esse é ponto em que estamos agora no Brasil. Depois, se começa questionar as restrições, como a possibilidade de instituições não bancárias captarem dinheiro e conceder empréstimos. Na terceira fase se repensa todo o relacionamento entre os agentes financeiros”, avalia.

Augusto Lins, diretor da Stone, vê ainda muito espaço pela frente para expansão e inovação dos serviços ao varejo. “Conforme dados da Abecs, apenas 28% do consumo no Brasil é pago com meios eletrônicos. Há também muita demanda e soluções para ramos específicos. Além de facilitar os pagamentos para o consumidor, outra grande oportunidade é ajudar a resolver o grande problema dos varejistas no Brasil, que é gerir a conciliação de pagamentos”, aponta.

Bruno Diniz, da Next Money, nota que as prioridades variam conforme o mercado, a estratégia das instituições e do regulador local. “No Brasil, algumas aplicações de pagamento ou transferência de recursos não fazem tanto sentido, pois já temos sistemas ágeis e disponíveis nacionalmente. Em Cingapura, há muito desenvolvimento de aplicações de blockchain, inclusive com subvenções do regulador”, menciona.

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