A Amazon e suas vitórias na busca pela elevação da experiência do cliente a níveis futuristas é sempre vista como um modelo a ser seguido, assim como a Starbucks e outras estrelas do mundo da inovação. Estes ícones têm usado suas bases de consumidores para criar carteiras digitais inteligentes e oferecer meios de pagamentos mais avançados incluindo outros serviços financeiros.
Tanto sucesso faz parecer que criar e manter uma eWallet própria é uma tarefa relativamente fácil, mas na prática não é bem assim. Foi isso o que demonstrou o CEO da HUB Fintech, Alexandre Brito, em um artigo publicado no portal da revista ComputerWorld nesta semana.
Segundo ele, administrar uma carteira digital pode, muitas vezes, levar o varejista a perder o foco em seu negócio estratégico já que, ao invés dele se manter engajado numa estratégia de omnichannel aliada a um programa de fidelização, ele vai ficar se desgastando com processos regulatórios, técnicos e buscas de canais alternativos para entrada e saída dos saldos das eWallets, sendo que, dependendo da escala, não conseguirá viabilizar.
Uma das primeiras e principais dificuldades para adotar esta estratégia é a exigência do Banco Central de que os pagamentos sejam feitos por meio da CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos), que centralizará as transações antes realizadas diretamente nas plataformas de vendas. Ou seja, se optar por ter a própria carteira digital, caberá ao varejista se adaptar à tecnologia necessária para fazer essa integração, além de passar por um processo de homologação ou contratação de subadquirentes que realizem o serviço.
Brito apresenta ainda uma série de desafios, como a necessidade de uma amplitude de serviços para rentabilização; plano de governança bem-estruturado; integração e conectividade; licença com a bandeira escolhida e interoperabilidade entre carteiras.
O autor do artigo argumenta que é nesse contexto que as fintechs se apresentam como alternativa, oferecendo o que há de mais inovador em serviços, além de já possuírem todas as licenças necessárias.
“O marketplace que tem uma boa fintech como parceira, cuja arquitetura está pronta dentro de casa, tem a capacidade de trocar um pneu com o carro em movimento. Sem dúvida, um recurso que o coloca na frente dos demais competidores quando o assunto é inovação e oferecer melhor experiência de compra para o usuário”, conclui.
Fonte: https://computerworld.com.br/2019/04/08/os-5-principais-desafios-em-ter-a-propria-ewallet/
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