Por Edilma Rodrigues
Para enfrentar o desafio da transformação de custos em resposta à pandemia da covid-19, 28% dos executivos de alguns dos maiores bancos do mundo, entrevistados pela KPMG, disseram que estão focando em uma mudança radical no modelo operacional nos próximos três anos. O relatório apontou ainda que essas instituições precisam, urgentemente, desenvolver estratégias de transformação de custos inteligentes e observar as lições do passado para garantir uma implementação bem-sucedida e a realização de benefícios.
A pesquisa, que ouviu mais de 200 líderes do setor bancário, mostrou ainda os dois principais problemas que os bancos vão enfrentar após a covid-19. Para 21% deles é a perda de receita e para 20% é gerenciamento de custos. Além disso, como resultado desse processo, 61% deles afirmaram que a prioridade estratégica da redução de custos aumentou e 59% afirmaram que a digitalização é o fator de custo mais importante.
Segundo o sócio líder do setor financeiro da KPMG no Brasil, Cláudio Sertório, o ambiente atual exige que a maioria dos bancos transforme os modelos operacionais e mova as bases de custos para uma estrutura mais sustentável.
No ambiente atual, os bancos em todo o mundo precisarão reduzir a relação custo/lucro de forma relevante, talvez dez pontos percentuais ou mais. Eles precisam rever ou até reinventar o modelo operacional e aproveitar a agilidade, resiliência e transformação digital que mobilizaram as respostas iniciais à pandemia para garantir a otimização sustentável de custos. Aqueles que não se moverem com rapidez suficiente, provavelmente, serão incapazes de concorrer em preço, valor e entrega com os competidores mais enxutos e eficientes, perdendo participação no mercado, analisa Sertório.
Gerenciar e reduzir custos
Quando questionados se os bancos dobraram os esforços em gerenciamento de custos, 85% disseram que estão acelerando esse processo e 83% disseram que estão redirecionando esforços de otimização de custos. Sobre as metas de redução de custos, 61% alegaram que houve um aumento nas metas em até 10% e 19% aumentaram a meta em mais de 10%.
Já no que diz respeito às economias significativas, o relatório apontou que elas consideram um médio prazo com relação aos custos: 66% definiram uma meta de redução de custos de mais de 10% nos próximos três anos e 15% procurarão levar mais de 10% da base de custo para os próximos 12 meses.
Na esteira da pandemia da covid-19, a agenda de custos foi elevada a um novo patamar de importância e a maioria dos bancos está procurando intensificar e acelerar essa transformação de maneira significativa. Com a covid-19 destacando o imperativo de custos para os bancos, eles têm a missão de irem ainda mais longe e criar um novo plano para o futuro. No entanto, poucos conseguiram obter todos os benefícios dos esforços anteriores. Consequentemente, os níveis de custo permanecem teimosamente acima de onde deveriam estar. O sucesso depende de ter uma direção clara e consistente de cima para baixo e uma sólida cultura de custos, finaliza o sócio líder de serviços financeiros da KPMG na América do Sul, Ricardo Anhesini.
O link para acesso ao estudo Novos imperativos de novos custos no setor bancário (do original em inglês, New cost imperatives in banking) é https://assets.kpmg/content/dam/kpmg/xx/pdf/2021/04/new-cost-imperatives-in-banking.pdf
Com informações da assessoria de imprensa