Pesquisas recentes do SPC Brasil estima que cerca de 50% do dinheiro que será colocado à disposição do trabalhador referente às contas inativas do FGTS será destinado ao pagamento de dívidas. O saque deve injetar entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões na economia do país, o que representa 0,5% do PIB. Das 30,2 milhões de pessoas que poderão realizar os saques, 80% possuem até R$ 1.500 nas contas.
O presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro Junior, declarou nesta semana que o recurso irá beneficiar principalmente os cidadãos das classes C, D e E, que devem utilizar o montante para as necessidades mais urgentes. Além da quitação de débitos, os estudos da entidade apontam que 30% dos sacadores irão economizar o dinheiro resgatado e o restante usará para outros gastos.
“O acesso ao dinheiro inativo das contas do FGTS é uma medida importante para injetar uma quantidade de dinheiro significativa na economia do país. Isso pode ajudar o cidadão afetado pela crise a sanar suas dívidas, limpar o nome e recuperar seu crédito”, avalia Pellizzaro. “Ao reduzir a inadimplência o impacto sobre a economia é positivo, resultando em menores taxas de juros cobradas ao consumidor”, disse.
O governo federal divulgou nesta terça-feira (14) o calendário para o saque dos recursos em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Contribuição (FGTS). Agora, o trabalhador que pediu demissão ou foi demitido por justa causa até 31 de dezembro de 2015 pode sacar o saldo da conta vinculada, estando ou não fora do regime do FGTS.
A partir de 10 de março, as contas inativas com saldo até R$ 1,5 mil poderão ser sacadas no autoatendimento da Caixa apenas com senha do Cartão do Cidadão (sem a necessidade do plástico). Já para valores entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, será necessário que o trabalhador possua o Cartão do Cidadão e senha para pagamentos no autoatendimento.