O Santander agregou novos recursos ao seu app Way, que permite aos clientes fazer transferência instantânea entre pessoas, split de contas, pagamento e transferência via QR Code. Segundo matéria do Valor Econômico, a plataforma nasce com 7,5 milhões de usuários ativos, considerando aqueles que fizeram uma transação nos últimos três meses. O potencial é chegar a 20 milhões de clientes, o total daqueles que têm cartões emitidos pelo banco.
O diretor de cartões e digital payments, Rodrigo Cury, disse ao jornal que a ambição do banco é tornar o Way a principal forma de pagamento dos seus clientes. Estamos adiantando uma demanda do Banco Central para pagamentos instantâneos, nesse momento circunscrito aos clientes do banco, mas no futuro, não.
O aplicativo foi criado em 2016 para fazer a gestão de cartões de clientes da instituição, com funções que permitiam consultar a fatura, gerir o limite, bloquear e desbloquear cartões. “Também era permitida compra com NFC e com cartão virtual, cujo código de segurança mudava a cada transação. Lançados há um ano, esses serviços não foram promovidos pelo banco e alcançaram número de transações inexpressivo – o banco não anunciou o total,” informa o Valor.
Com o app Way, a transferência entre pessoas pode ser feita pelo contato na agenda de telefone, desde que o destinatário tenha o aplicativo e cartão do Santander. Essa função está disponível para o cartão de débito, 24 horas por dia, sete dias por semana, sem tarifa. “Num segundo momento, será permitido via cartão de crédito, modelo que está sendo desenvolvido e não se sabe ainda se terá cobrança de tarifa,” informa a matéria do Valor.
De acordo com Cury, o Way não deve ser uma carteira digital nem um super app. No entanto, poderá ter contas de pagamento para não clientes, a Super Digital, cujo modelo econômico ainda está sendo desenvolvido. O Way ainda agregará, até dezembro, a Ben, emissora de benefícios, e o marketplace do Esfera, programa de fidelidade.
Clientes da Getnet, adquirente do banco, poderão usar ainda o aplicativo para receber pagamentos por transferência, no lugar da maquininha, até dezembro. Eles reduzem custo com compra ou aluguel do equipamento, mas pagam taxa de antecipação de recebíveis e taxa por cada transação (MDR).
Em relação à rentabilização do negócio, Cury disse ao jornal que esse é exatamente um dos problemas das carteiras virtuais. No caso do Way, virá com escala. O valor de um negócio de cartões está no transacional, com mais clientes, em anuidade, intercâmbio etc.”
Fonte: Valor Econômico