Reguladores chineses como Banco Popular da China e a Comissão Regulatória de Títulos da China preparam novas normas para ofertas iniciais de moedas digitais (ICOs) e podem proibi-las até que as regras estejam em vigor, informou a revista financeira Caixin nesta segunda-feira. As ICOs se tornaram um excelente negócio para empresários de criptomoedas, uma vez que permite levantar milhões rapidamente, criando e vendendo tokens digitais sem controle regulamentar.
Segundo a estatal Xinhua, citando dados de uma organização governamental que monitora a atividade financeira online, a popularidade das ofertas de moedas cresceu na China neste ano, com 65 ICOs e 2,62 bilhões de yuans (US $ 394,6 milhões) provenientes de 105 mil pessoas no país. À medida que o interesse no novo canal de captação de recursos cresce depressa, em uma área regulatória cinzenta, os reguladores da China se esforçam para criar regras que não sufoquem esses modelos de financiamento inovadores, e também protejam os investidores.
O relatório sobre os planos da China segue as observações da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos Estados Unidos, de julho, em que os tokens podem ser considerados títulos mobiliários e, portanto, podem precisar ser registrados a menos que uma isenção válida se aplique.
O governo emitiu um rascunho de regras na quinta-feira passada, com foco na captação de recursos ilegais. Os reguladores periodicamente reprimem, nos mercados financeiros em rápida evolução na China, o que eles consideram ser esquemas de captação ilegal de recursos, o que inclui plataformas de empréstimos e pirâmides on-line (P2P). Ao mesmo tempo, autoridades criaram uma campanha para reprimir comportamentos arriscados e ilícitos no setor financeiro do país.