O Pix completou um ano de operação, em 16 de novembro, e registra números superlativos no mercado de pagamentos do país. Até outubro, o Banco Central contabilizava 7 bilhões de transações, com um volume financeiro movimentado de 4,1 trilhões de reais. E 348,1 milhões de chaves cadastradas: 121,2 milhões de chaves aleatórias, 93,8 milhões de CPFs, 76,1 milhões de números de celular, 50,6 milhões de e-mail e 6,4 milhões de CNPJs.
No, fim de outubro, o Pix respondia por 72% das operações, considerando TED, DOC, TEC, boleto e cheque. Foram 1,2 bilhão de transações no mês. A quantidade de operações Pix também ultrapassou outros meios como cartão pré-pago, transferência intrabancária e débito direto.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante evento que celebrou a data, comentou que o Pix caiu no gosto do brasileiro e seu uso se intensifica mês após mês. “As expressões ‘Me faz um Pix’, ‘Aceita Pix?’, ‘Quer pagar com Pix?’ já são o ‘novo normal’ para a maioria da população. Esse sucesso é resultado do trabalho árduo não só do time do BC, como das equipes de todas as instituições participantes, que construíram o Pix a múltiplas mãos e possibilitaram o início dessa revolução”, afirmou Campos Neto.
De fato, várias instituições registraram esse movimento. No banco Original, 80% das transações realizadas são Pix, contra 20% de TEDs e as recebidas são ainda maiores: 85% Pix 15% TED. Fabio Lins, superintendente executivo de Canais, Pix, I.A. e Open Finance do Banco Original, avalia que, apesar da aderência massiva ao meio de pagamento instantâneo, há espaço para crescimento e isso conversa muito com a agenda de implementação que o regulador vislumbra e com outras agendas, como a do Open Finance.
O Banco do Brasil contabilizou, até 11 de novembro, 17,5 milhões chaves Pix cadastradas com movimentação de mais de R$ 1 trilhão entre montantes enviados e recebidos, o equivalente a 28% das transações de Pix no país.
Para Campos Neto, o Pix incentiva a eletronização dos pagamentos, faz frente ao contexto de digitalização dos negócios, amplia a eficiência do mercado e é um importante vetor para a promoção da inclusão financeira.
Outros números
Em todo o país, em outubro, 104,4 milhões de pessoas de todas as faixas de renda – 62,4% da população adulta – usavam o Pix para pagar ou receber. O meio é usado por todas as faixas etárias, sendo a maior parte das transações realizadas pelos jovens: 34% entre 20 e 29 anos e 31% entre 30 e 39 anos.
Em 11 unidades da Federação, passa de 60% o percentual da população adulta que usa o Pix, chegando a 80% em Roraima, 79% no DF e 70% em SP. Juntos, Sudeste e Nordeste concentram quase 70% dos Pix realizados. No Centro-Oeste, foi registrado o maior índice de adoção do serviço (levando-se em conta a distribuição das transações e a da população com relacionamento bancário).
O serviço conta com 762 participantes. São vários tipos de instituições que ofertam o Pix a seus clientes, bancos, financeiras, cooperativas, instituições de pagamentos, fintechs, entre outros. Além de fomentar a competitividade, uma das dimensões da Agenda BC#, conjunto de projetos que guia a atuação do Banco Central.
Outra dimensão da Agenda BC# que se liga ao Pix é a inclusão. O meio de pagamento atingiu um público de 45,6 milhões de pessoas que não haviam feito TED nos 12 meses anteriores ao lançamento do serviço e o usaram pelo menos uma vez como pagador. Desse total, 33,9 milhões passaram a utilizar o Pix de forma exclusiva, evidenciando como o Pix amplia o acesso a meio de pagamento eletrônico.
Empresas
Nesse primeiro ano, 7,9 milhões de empresas do país já usaram o Pix, isso significa que mais de metade das empresas que possuem relacionamento bancário no país adotaram o novo meio de pagamento, beneficiando-se do recebimento imediato e do baixo custo. O total de transações de pessoas físicas para empresas pelo Pix, bateu 152,7 milhões de operações em outubro passado, atingindo o montante de 15,6% das transações totais do Pix.
Os setores que mais receberam Pix foram comércio (38%), atividades profissionais, científicas e técnicas (13%) e atividades administrativas e serviços complementares (11%).
Reconhecimento
Ao longo desse ano, o Pix foi agraciado com diversas premiações. Entre elas, o da academia Ibest (na categoria Governo), o 25º Concurso de Inovação no Setor Público, o Seleção Mobile Time 2021 e Fintech Regtech Global Awards 2021.
Funcionalidades
Desde que foi lançado, o Pix acumula funcionalidades como o pagamento de cobranças com vencimento, melhorias nos aplicativos, como a gestão de limites e o agendamento, que se tornou obrigatório. Nos próximos anos, o Pix Saque, o Pix Troco e a Iniciação de transação de pagamento, que tiveram suas regras divulgadas, serão gradualmente adotados. Além disso, o BC trabalha em novas funcionalidades como o débito automático, novas formas de iniciação e o Pix internacional, por exemplo.
Com informações do BC e assessorias de imprensa