Pesquisa aponta que mulheres têm mais interesse em comprar criptomoedas

Levantamento “Moedas Digitias 2023”, da Bitso, foi conduzido pela Cantarino Brasileiro e Blocknews

Por Claudia Mancini*

As mulheres estão mostrando mais interesse em comprar criptomoedas do que os homens, além de serem mais fiéis aos investimentos em moedas digitais do que eles. Essas são algumas das conclusões que chamaram a atenção numa pesquisa da Bitso sobre o perfil dos usuários de criptomoedas no Brasil. O levantamento foi realizado com 2.651 pessoas em abril deste ano. A exchange divulgou o primeiro recorte, baseado no público feminino. De acordo com a pesquisa “Moedas Digitais 2023”, 58% das pessoas que nunca tiveram criptomoedas, mas que têm interesse em ter, são mulheres. Além disso, 41% das mulheres compraram mais criptos durante o inverno cripto, que começou no final de 2021, do que os homens (28%). O levantamento foi conduzido pela Blocknews e pela Cantarino Brasileiro.
As informações que a Receita Federal divulga mensalmente estão mostrando uma participação crescente das mulheres no setor. Embora os homens ainda sejam a maioria dos usuários, no primeiro trimestre de 2023, a fatia das mulheres cresceu 28,4% sobre o mesmo período do ano anterior. Isso significou uma movimentação de R$ 7 bilhões. Aliás, as mulheres não apenas expandem sua presença no mundo cripto, como se destacam por serem mais fiéis a esses ativos, ou seja, mais “hodlers”. Isso porque a maioria (71%) das pessoas que já tiveram cripto e não os têm mais são homens, contra 29% das mulheres, mostra a pesquisa da Bitso.

Mulheres estudam criptomoedas

“Apesar de a maioria dos usuários de cripto ainda ser composta por homens, quando se olha para frente, há uma clara tendência de que as mulheres farão diferença no futuro do mercado. Ao mesmo tempo que ganham cada vez mais relevância no mercado de trabalho e independência financeira, também estão demonstrando maior entendimento sobre a dinâmica de rentabilidade e os ciclos de alta e baixa do mercado. E estão dispostas a investir mais do seu patrimônio em cripto”, completou Analía Cervini, vice-presidente de Comunicação da Bitso.
Quando o assunto é o futuro, 45% das mulheres que já têm criptomoedas querem comprar mais ainda nos próximos 12 meses, ante 39% dos homens. Isso tudo apesar de não haver nenhuma certeza de se e quando os preços voltarão a subir. De acordo com Karen Duque, diretora de Política Públicas da Bitso, a pesquisa está em linha com a característica das mulheres de fazerem planejamento a longo prazo. “O interesse (delas) existe”, diz. E esse interesse é em especial para o uso prático de criptomoedas, já que somente 13% das mulheres apontou especulação como o uso principal das moedas digitais. Portanto, usam para finalidades como pagamentos e transações internacionais. “Elas estão saindo da especulação para algo útil”, completa a diretora.

Criptomoedas têm boa rentabilidade, mostra pesquisa

Parte do interesse das mulheres em criptomoedas pode estar vindo da satisfação como a rentabilidade, já que 61% delas estão satisfeitas com os ganhos nos 12 meses anteriores à participação na pesquisa. O percentual dos homens é de 48%. É possível que esse dado esteja ainda relacionado ao fato de que 71% das mulheres têm mais de 3% dos investimentos em moedas digitais, ante 66% dos homens.
Dados como esses e o de que as mulheres são a maioria, com 51%, entre as pessoas que conhecem ou já ouviram falar sobre cripto, podem indicar que esse grupo está se informando mais moedas digitais, afirma Analía. Portanto, estão mais satisfeitas com a rentabilidade porque entenderam como funciona o mercado, incluindo a volatilidade e os riscos.
Para a vice-presidente da Bitso, a pesquisa mostra a importância de começar, logo, o desenvolvimento de produtos financeiros inclusivos. “Temos um desafio grande de inclusão das mulheres. Este é um setor que envolve tecnologia e sistema financeiro, em que os homens dominam. Se não há diversidade na empresa, o produto é feito só por homens.” Segundo ela, a Bitso tem 40% da liderança no Brasil formada por mulheres. E a diretora de Operação no Brasil e América Latina, Milena Marques, lidera iniciativas ligadas a elas na empresa.

(Fonte: site parceiro Blocknews. Leia o conteúdo completo aqui)

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