Em palestra no CIAB FEBRABAN 2018 sobre a jornada da transformação digital, o presidente do Itaú Unibanco, Cândido Bracher, contou como a instituição trata essa questão, falou sobre algumas estratégias adotadas e disse que as fintechs fertilizam o mercado, ao comentar sobre o crescimento em eficiência e “grandes produtos”, que elas demonstram, ao mesmo tempo que contrapõe as dificuldades que elas têm em oferecer um conjunto completo de serviços.
Sobre criptomoedas, embora reconheça que são inovadoras, Bracher as define como “algo muito excêntrico e arriscado” devido à volatilidade. Também afirma que suas consequências estão longe de ser avaliadas por todos. “É uma experiência interessante a ser acompanhada, mas não fará grande diferença no mercado financeiro no curto prazo,” sentencia.
Sobre a transformação digital, o executivo explica que atualmente, as transformações são dinâmicas e não mais em etapas, uma após a outra até atingir a estabilidade. “É uma jornada, o que torna necessário preparar o banco para mudar permanentemente.”
E comenta que a escolha do Itaú Unibanco foi de não separar o antigo do novo. Nesse sentido, a instituição aceitou o desafio de transformar o legado, em um processo contínuo, onde convivem o antigo com o novo.
Bracher salientou ainda que a revolução digital é algo sobre pessoas. “Para superar questões culturais, o caminho é a gestão de recursos humanos.” E enumera três elementos fundamentais: nossas pessoas, como ele chama os colaboradores do Itaú Unibanco, tecnologia e clientes. “Tem que haver mudanças na gestão de pessoas, para que os ciclos de entrega sejam cada vez menores, em um trabalho colaborativo,” disse. O banco quer formar pessoas dentro dessa nova realidade e criar um ambiente de empreendedorismo, com grupos que trabalham cooperativamente e próximo às startups. “Contaminando o banco com espírito de empreendedorismo”, conclui.