O uso da Inteligência Artificial nas telecomunicações chegou numa encruzilhada. Duas das tendências previstas para este ano caminham em direções opostas. Primeiro, haverá uma crescente aceitação do uso de IA e aprendizado de máquina pelos reguladores. Uma razão para essa aceitação é a ameaça à segurança cibernética – se os criminosos estão usando AI contra nós, precisamos responder com todo o poder de fogo técnico que temos.
Em 2019, os reguladores também devem aprender a aceitar o lado mais difícil do aprendizado de máquina, os modelos não supervisionados. Esses são modelos de aprendizado de máquina que descobrem padrões preditivos por conta própria e são especialmente benéficos quando você não tem dados históricos de desempenho para usar na modelagem.
A segunda tendência é a explicabilidade, que parece contradizer a crescente aceitação de modelos não supervisionados. A AI explicável é um dos campos mais quentes da ciência de dados: regulamentações exigirão que as empresas expliquem por que uma decisão foi tomada e qual comportamento causou o algoritmo para uma determinada classificação ou pontuação.
Os cientistas de dados falam que o deep learning é uma tecnologia de mudança de jogo, as perguntas sobre os detalhes dos padrões aprendidos em uma rede neural profunda ou superficial são geralmente respondidas com um silêncio inquisitivo, mesmo nas maiores empresas.
Isso é completamente inaceitável para qualquer pessoa que tenha que falar com um cliente sobre o modelo ou representá-lo para um regulador. Como vamos reconciliar a crescente necessidade de modelos complexos e não supervisionados de aprendizado de máquina com a necessidade de explicabilidade?
Isso nos leva à conversa em torno da IA ética, que irá acelerar dramaticamente em 2019. Teremos que seguir os dois caminhos – maior uso de modelos não supervisionados e maior explicabilidade do modelo – para acompanhar as preferências do cliente e o poder sem precedentes do dispositivo móvel em nossas vidas.
Cada vez mais, nossos telefones se tornarão nossos assistentes pessoais. Quanto mais poderosos nossos telefones se tornam, de mais segurança precisaremos, mesmo quando nossa segurança digital parece cada vez mais frágil. Precisamos saber que é seguro e que a rede é confiável e ativa. Existe a possibilidade do ressurgimento do monitoramento de segurança de rede usando AI, e as telecomunicações estarão neste foco.
Fonte: Scott Zoldi/InovaJor.br
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