O futuro dos pagamentos é invisível e o PIX faz parte desse processo

O futuro dos pagamentos é invisível e o PIX faz parte desse processo

O dinheiro em espécie vai acabar? E a utilização dos cartões físicos? O Brasil está preparado para esta mudança? Esses foram alguns questionamentos realizados durante o painel “O Futuro (ou presente?) dos pagamentos é contactless”, promovido pelo Futurecom Digital Summit, evento que antecipa discussões que irão permear a 22ª edição do Futurecom, em outubro. Para os participantes, o futuro dos pagamentos está nas transações sem contato.

A assessoria do evento informa que participaram da discussão Mauricio Santos, diretor de produtos e serviços financeiros da Claro; Alessandro Raposo, CSO da Zoop; Daniel Dórea Andrade, gerente de inovação e pagamentos digitais do Carrefour; Eduardo Ariel Grunewald, gestor de serviços de supermercados da APAS; Rafael Ferreira, head de produtos de informação e inteligência do SERPRO e Breno Lobo, assessor sênior do departamento de operações bancárias e de sistema de pagamentos do Banco Central.

Para os participantes, o futuro dos pagamentos está nas transações sem contato. Cada vez mais, as pessoas usam o telefone celular para realizar pagamentos. Durante a pandemia houve um crescimento na utilização de carteiras digitais, hábito que deve ser mantido após a retomada. “O uso do dinheiro e do cartão físico deve diminuir bastante. As pessoas estão percebendo que as transações financeiras sem contato são mais rápidas e diretas”, afirma Breno Lobo, do Banco Central.

Alessandro Raposo, da Zoop, acredita que as empresas do setor avançaram muito durante a pandemia e que o pagamento será cada vez mais invisível. A expectativa dele é que os consumidores brasileiros substituam o pagamento físico pela interação sem contato, possível com as autenticações realizadas por biometria facial, que é uma grande tendência nos próximos anos.

Ariel Grunewald, da APAS, destaca o crescimento na emissão de cartões digitais nos últimos meses. “Tivemos que bancarizar muitas pessoas, e a carteira digital foi a maneira que encontramos para fazer isso. Houve um aculturamento rápido para a utilização de soluções digitais, o que deve estimular ainda mais os pagamentos contactless. A nossa prova de fogo foi feita nos últimos 90 dias”, disse.

Segundo Mauricio Santos, da Claro, houve, de fato, um processo de bancarização forçado pela Covid-19, o que acabou alterando a percepção dos clientes em relação ao mundo digital. Se antes havia resistência em relação à tecnologia, ela acabou sendo incorporada para realizar pagamentos durante a pandemia. O executivo também destaca a importância da conectividade de rede para garantir que os pagamentos sejam imediatos, especialmente com a implementação do PIX pelo Banco Central, em novembro.

“O PIX permitirá transferências e pagamentos entre pessoas, empresas e governo, a qualquer hora do dia, inclusive nos fins de semana e em feriados, com recebimento em poucos segundos, de forma segura e prática, a partir da leitura de um QR Code ou apenas informando o e-mail, número de celular ou CPF/CNPJ. Para que isso aconteça é importante padronizar as informações, criando um arranjo de pagamento aberto e interoperável. Os pagamentos podem ser realizados por meio de um QR Code via celular, como se fosse um pagamento no débito. O PIX também permitirá saques em redes varejistas que não façam parte do setor bancário. Essa medida ampliará as opções e a capilaridade das instituições para ofertarem o saque,” explica o comunicado enviado à imprensa.

Daniel Andrade, do Carrefour, ressalta que as lojas estão sendo preparadas para a adoção do PIX. “Com a utilização do QR Code nos pontos de venda, nossa expectativa é ter um custo de transação menor, além de receber o dinheiro mais rápido que no cartão”.

De acordo com Rafael Ferreira, do SERPRO, a tendência é que o varejo de transforme cada vez com as novas tecnologias. “Chegará o momento em que consumidor poderá realizar uma compra sem apresentar nada, apenas com a biometria facial. É o que chamamos de pagamento invisível”, destaca.

O Futurecom Digital Summit, organizado pela Informa Markets, vai até quinta-feira, dia 2 de julho. São duas sessões diárias com acesso totalmente gratuito e veiculadas pelo site do Futurecom.

Com informações da assessoria de imprensa

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