Nasdaq freia serviço de custódia de criptomoedas

Motivação seria o cenário regulatório indefinido e excessivo nos EUA

Por Cláudia Mancini (via parceria com o site Blocknews*)
A Nasdaq (NDAQ) colocou um freio no seu plano de lançar um serviço de custódia de criptomoedas até o final deste mês. O motivo é o cenário regulatório indefinido e ao mesmo tempo excessivo nos Estados Unidos (EUA), onde os reguladores estão fazendo uma blitz no setor com base na regulação existente e que foi feita para o mercado tradicional.
“Gostamos de operar em ambientes que têm uma sustentação regulatória bem conhecida”, disse a CEO da bolsa, Adena Friedman. Segundo ela, “a oportunidade fundamental mudou nos últimos meses e agora o excesso regulatório também. Isso nos fez decidir que não é o momento certo”. Assim, por enquanto, a Nasdaq vai monitorar e analisar o andamento do mercado, completou.
A bolsa que tem foco em tecnologia anunciou sua nova área de criptomoedas em setembro passado. E que teria custódia de bitcoin e ethereum. Até chegou a pedir licença para operar ao Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS). Num mercado que já passou por traumas como o da FTX e diversos furtos de criptos, a Nasdaq buscava se posicionar como um custodiante conhecido e confiável por seu histórico no mercado financeiro tradicional.

Nasdaq já oferece custódia de criptomoedas para terceiros

Essa custódia seria mais um produto da Nasdaq em criptoativos. Isso porque a bolsa já faz parcerias com emissores de fundos de índice de criptos, os ETFs, e fornece para terceiros tecnologia para criptomoedas, o que inclui custódia. Dois dos parceiros da Nasdaq em criptomoedas no Brasil são a XP e a exchange Digitra.com. Aliás, a Digitra também está na SMU Investimentos, mercado secundário de tokens de startups, que usa tecnologia da bolsa norte-americana.

Fontes de mercado disseram ao Blocknews que o ambiente regulatório nos EUA está fazendo instituições do mercado financeiro tradicional recuarem de seus planos em criptoativos. E em especial os bancos. Isso os coloca, portanto, numa posição diferente do que acontece no Brasil. Aqui, há instituições já estão em ponto de partida, esperando a regulamentação, que está em construção, para lançarem produtos na área.


* Conteúdo original disponível aqui.

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