O complexo da Maré, maior conglomerado de favelas do Rio de Janeiro, não está à margem da revolução digital do mercado financeiro. Graças à iniciativa do analista de sistemas especializado em mídias digitais, Alexander Albuquerque e outros dois amigos, a região que concentra mais de 200 mil pessoas agora conta com o Banco Maré e sua moeda digital, a Palafita.
O objetivo é promover a inclusão dos moradores e trabalhadores locais ao sistema financeiro e fomentar o comércio local. Isto porque apesar de populoso, o bairro não oferece fácil acesso a agências bancárias, lotéricas ou caixas eletrônicos. Para realização de pagamentos e transações financeiras é necessário ir até Bonsucesso, bairro vizinho mais próximo.
Com base nesta realidade os três empreendedores desenvolveram, em parceria com uma empresa do Rio de Janeiro e outra de São Paulo, uma moeda digital que funciona com rapidez e eficiência através de um aplicativo móvel denominado Banco Maré. O aplicativo, na versão beta, pode ser baixado no Google Play pelo https://play.google.com/store/apps/details?id=banknet.com.br.mare
A princípio, as operações estão concentradas na associação de moradores, mas até o final de abril/2016 serão estendidas ao comércio local. A moeda recebeu o nome de Palafita em homenagem aos primeiros habitantes da Maré.
Outro objetivo do projeto é abrir a possibilidade de investimentos em políticas públicas, principalmente na educação, já que o complexo da Maré não possui uma única escola de ensino médio.