Modelo canadense de investimento compartilhado entre governo e empresas acelera desenvolvimento de startups

O representante da província canadense de Ontário, Todd Barrett, que participou na terça-feira (25) do painel “Desenvolvimento – Programas de Incentivo às startups”, no congresso Fintech View, mencionou a existência de um programa do governo daquele país, no qual o governo divide o risco com os investidores no incentivo às startups. Segundo ele, o sistema propõe que para cada um dólar aportado pelo poder público em uma iniciativa, a iniciativa privada direcione outros dois dólares. O modelo tem o objetivo de usar o governo como um avalista proporcionando maior credibilidade ao projeto e maior segurança ao investidor.

A ideia foi bem recebida pelos demais participantes do painel. O moderador da discussão, Geraldo Santos, do Startupi, por exemplo disse que no Brasil os empreendedores não esperam muito do governo. “Eles sabem dos programas de incentivo das grandes empresas e é com isso que eles contam”, disse.

Já Cassio Spina, da Anjos do Brasil, ressaltou os resultados obtidos pelo programa Inovativa Brasil (www.inovativabrasil.com.br), do governo federal, que tem foco na capacitação do empreendedor por meio de uma rede de mentores voluntários que se propõe a fazer este trabalho. “É um esforço muito interessante porque a cultura empreendedora é um fenômeno relativamente novo no país e contar com este suporte tem ajudado muita gente”, declarou.

Segundo ele, este não é o foco das empresas que desenvolvem programas de aproximação e incentivo ás startups. “As empresas buscam basicamente fomentar a cultura empreendedora em suas equipes internas, atrair talentos, testar novos modelos de negócios sem comprometer o legado, inovar de forma mais rápida e barata do que por meio do processo tradicional e evitar o efeito Kodak, que é o risco de ser surpreendida e ultrapassada por inovações no segmento em que tradicionalmente sempre lideraram”, disse.

Em sua participação, Lineu de Andrade, do Itaú/Cubo, revelou que após ter recebido abrigado mais de 700 startups o maior benefício alcançado pelo banco foi mesmo a mudança cultural. “Todos os dias os executivos do Itaú passam pelo Cubo e a convivência com aquele ambiente acelera a adesão deles à cultura empreendedora”, disse.

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