Segundo dados apurados pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), o mercado de seguros supervisionado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) registrou crescimento de 7,2% em sua receita no período de janeiro a setembro deste ano na comparação ao mesmo período de 2015. O estudo registra um montante superior a R$ 170 bilhões arrecadados no acumulado do ano.
Com este resultado, mantivemos a dinâmica de crescimento vista no segundo trimestre, de 8,7%, sinalizando uma tendência diferente da vista no primeiro trimestre, quando o segmento cresceu 3,6%, desempenho que assustou o mercado que vinha crescendo dois dígitos, afirmou o presidente da CNseg, Marcio Serôa de Araujo Coriolano, ao chamar ainda a atenção para o equilíbrio que se mantém devido à estabilidade de ramos como massificados, patrimoniais e seguro de Pessoas.
Diante deste desempenho, Marcio Coriolano reiterou a expectativa para o crescimento do setor em 2016, de 8% a 10% em prêmios emitidos. Ele lembrou que o quarto trimestre tem forte peso no resultado anual do setor, uma vez que as pessoas contratam ou reforçam seus planos de previdência para abater o Imposto de Renda (IR).
O executivo diz que ainda é difícil fazer projeções sobre 2017. Segundo ele é preciso ter o quarto trimestre materializado. Além disso, Coriolano pondera que há vários fatores que dependem de um desfecho e que podem influenciar o desempenho do mercado de seguros no próximo ano. Como exemplo, ele cita a ampliação do Seguro-Garantia para obras públicas, a reforma da Previdência Social, a aprovação do Seguro de Vida Universal, que combina coberturas de previdência, e ainda eventos macroeconômicos, como a votação da PEC dos gastos públicos do governo, além da volatilidade gerada com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.