Por Edilma Rodrigues
A Mastercard e a Visa protocolaram modelo de arranjo de transferência no Banco Central para tentar destravar a suspensão das transações financeiras por WhatsApp, serviço lançado em 15 de junho e embargado pelo regulador no dia 23 subsequente. O objetivo do documento, segundo a Mastercard, é a aprovação do regulador para o projeto de pagamentos pelo aplicativo de mensagens no País.
O Valor Invest disse que as regras para desse arranjo, apresentadas pelas bandeiras Mastercard e Visa, são genéricas e não citam um modelo de negócios em si. “Mas abrem portas para viabilizar o negócio com o WhatsApp. A expectativa é de que o BC analise o que foi proposto e, a partir de então, peça ou não a realização de mudanças nos arranjos.”
A Mastercard informa, em comunicado, que o documento traz as regras existentes na empresa para beneficiar todas as partes. E tecnologias de Mastercard Send, plataforma global interoperável que permite o envio rápido e seguro de fundos, e Mastercard Digital Enablement Service (MDES), solução de tokenização da Mastercard que protege as informações do cartão do consumidor e permite transações seguras e criptografadas. A tecnologia usada pela Visa “é a Visa Direct, que permite a transferência de dinheiro de uma credencial de pagamento para outra,” conta a Exame.
Vale lembrar que o BC freou essas operações pelo aplicativo de mensagens para “preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato.”
Sobre o modelo, a Mastercard destaca, em nota: “Acreditamos que essa é a maneira mais direta e eficaz de avançar com o projeto e estamos confiantes que o modelo protocolado oferece os mais altos padrões globais de segurança, interoperabilidade e não discriminação entre os participantes do arranjo pagamento, endereçando as preocupações do regulador.”
Assim, no arranjo de transferência, “o WhatsApp será registrado junto às bandeiras como um provedor de serviços, embora ainda não esteja determinado o nome específico para essa figura,” informa o Valor Invest, que entrevistou o presidente da Mastercard, João Pedro Paro Neto. Segundo o executivo, o funcionamento do arranjo de transferência é como “subadquirentes”, empresas que passam suas transações com cartões pelas redes das adquirentes, pagando uma taxa para isso, que têm reconhecimento frente às bandeiras, mas não precisam de autorização para funcionar pelo BC até determinado volume.
O portal Exame explica as linhas gerais do funcionamento: “o aplicativo solicita o token (uma chave) para a Cielo dar entrada na transação que é passada para e pelas bandeiras.
Com informações da assessoria de imprensa, Valor Invest e Portal Exame