A agenda ESG é o foco de toda e qualquer instituição de todos os tamanhos e segmentos hoje em dia. No âmbito das máquinas de autoatendimento, a questão da inclusão financeira é muito latente. “O ATM de forma geral, em todos os formatos e modelos, é um meio de inclusão porque dá acesso a população a um serviço básico”, observa Gil Hipólito, diretor de desenvolvimento de novos negócios da Brink\’s.
Mas, hoje, é possível evoluir também nas outras frentes da sigla. A tecnologia tem contribuído com a evolução no quesito ambiental, a exemplo do surgimento das ATMs recicladoras disponíveis no mercado. Em suma, elas permitem que a mesma nota depositada seja aproveitada no saque. O depósito direto da sangria do estabelecimento também reduz a necessidade de chamar o carro-forte para trazer dinheiro ou levá-lo ao banco.
“Apesar de haver desafios técnicos, elas são uma alternativa para reduzir a necessidade de abastecimento e reduzir o fluxo do dinheiro através da reciclagem”, observa Hipólito. Ele salienta os esforços da Brink´s em contribuir com o impacto ambiental positivo: “A gente tem trabalhado o tempo todo em soluções para que a necessidade de abastecer e de coletar diminua e, com isso, diminua a necessidade de transporte, a emissão de gases efeito estufa e a necessidade de infraestrutura operacional para a gestão”.
Ainda olhando para as ATMs recicladoras e o aspecto ambiental, Karen Real, XX do Itaú aponta para outro benefício. “Tem um aspecto legal em relação à redução de consumo de envelope. A gente tem casa de 8 milhões/mês de depósitos, o que representa muito envelope. Com a ATM recicladora, são toneladas de papel que a gente deixa de gastar. Então, ele tem um aspecto bem amplo e ajuda em várias camadas: seja operacional, seja de meio ambiente”, analisa.
No aspecto da Governança, o tema está ligado a estruturas mais amplas das instituições. “Há aspectos de prevenção à lavagem de dinheiro e outros aspectos regulatórios que são preocupações das instituições. Nesse sentido, na Brink´s acompanhamos e cumprimos as exigências e temos transparência no que fazemos, reportando às instituições ao Banco Central”, finaliza Gil.
Insights Ed. 23
Editorial – ATMs, bancos digitais e a sonhada inclusão financeira
1 – ATMs no Brasil têm características distintas do restante do mundo
2 – Papel moeda ainda é indispensável para mover economia do país
3 – “Enxergo o ATM futuramente como um grande centro multifuncional”
4 – Terceirização das ATMs ganha nova perspectiva no Brasil
5 – Máquinas de autoatendimento avançam na sigla ESG
6 – Inovação e inclusão financeira nos bancos digitais norteiam próximo webinar