Por Edilma Rodrigues
Foi dada a largada para o cadastramento de chaves no Pix, ontem (5). E, de acordo com o Banco Central, às 18h00 haviam sido cadastradas 3.528.822 chaves nos aplicativos de bancos, fintechs e ou instituições de pagamento. E-mail, CPF, número de celular ou aleatória são as possíveis chaves que podem ser cadastradas.
O novo sistema de pagamento e transferências, que será lançado em 16 de novembro, vai permitir transações bancárias 24 horas por dia, em qualquer dia da semana, e em até 10 segundos. No entanto, no início, esse tempo pode ser maior por questões de segurança, conforme salientou o chefe adjunto do departamento de operações bancárias e de sistemas de pagamentos do Banco Central, Carlos Brandt, em live no Youtube, nesta segunda-feira. Durante o dia pode levar até 30 minutos e à noite, 60.
Sobre segurança, o especialista em crimes cibernéticos, José Antonio Milagre, lista alguns cuidados que os usuários devem ter ao usar o Pix.
1) Cuidado com o uso do seu dispositivo
A tecnologia NFC não permite que um pagamento seja disparado com o celular no bolso. Mas a aproximação de pelo menos 10 cm, ou equipamentos encostados pode disparar um processo de pagamento. Criminosos podem substituir terminais de NFC por terminais falsos, e coletar pagamentos indevidos.
2) Cuidados com QR Codes
Fraudadores enviarão QR Codes fraudados, assim como os golpes que ocorriam com código de barras. Verifique sempre a origem dos códigos.
3) Atualize sempre os aplicativos
Manter aplicativos e dispositivos sempre atualizados é fundamental, pois garante que todos os recentes recursos de segurança estejam disponíveis.
4) Não realizar pagamentos em internet pública
Muito cuidado com pagamentos com wi-fi e conexões desconhecidas, pois o fraudador poderá interceptar o tráfego e utilizar os dados para novas fraudes e golpes.
5) Reforce suas senhas
É muito importante em tempos em que o celular se torna uma carteira digital, proteger o dispositivo com senhas ou autenticação biométrica. Com a medida, dificulta-se a atuação do fraudador e caso tenha ocorrido fraude, este poderá responder por invasão de dispositivo informático, sem prejuízo de outros crimes praticados. Lembre-se que se o criminoso tem acesso a sua chave criptográfica, poderá fraudar transações.
“Caso tenha sido vítima, preserve o equipamento e procure ajuda especializada para perícia digital e apuração da autoria dos fraudadores, imediatamente iniciando um processo junto à instituição bancária,” finaliza Milagre.
Com informações da assessoria de imprensa