Um relatório recente divulgado pela consultoria Everis revela que as startups de tecnologia especializadas no mercado de seguros tiveram um crescimento vertiginoso em 2015. De acordo com o estudo intitulado ‘InsurTech Outlook’, essas empresas, conhecidas como insurTechs, receberam 3,1 bilhões de dólares em investimento no ano passado. A pesquisa afirma ainda que a maior parte deste aporte foi feito justamente por seguradoras tradicionais, que buscam integrar novos recursos digitais em suas estratégias de negócios para oferecer um portfólio de serviços mais alinhado às atuais demandas dos consumidores, que valorizam, cada vez mais, produtos e serviços que maximizem a experiência de consumo.
A constatação do trabalho é que a maior parte das insurTechs é voltada ao e-comerce e plataformas sob demanda, com 32% dos investimento. Mas outros serviços também são explorados com muita frequência por elas como cyber segurança, gestão de patrimônio, análise de dados, sistemas de pagamento, saúde, marketing e publicidade, entre outros.
De acordo com o estudo da consultoria Everis, além de precisarem se adaptar às atuais demandas de consumidores e aos novos modelos de negócio, as seguradoras tradicionais ainda precisam enfrentar o desafio de competirem com as gigantes de tecnologia, que voltam seus olhos para o mercado segurador.
O levantamento afirma que empresas como Google, Apple, Facebook, Amazon e Alibaba se valem da capacidade de processar a enorme quantidade de dados sobre seus clientes para identificar gostos, valores, renda, hábitos de consumo, comportamentos e desejos, entre outros, para desenvolver produtos bastante atrativos. Além disso, por meio de algoritmos avançados e inteligência artificial, conseguem realizar melhores e mais sofisticadas análises de risco.
A conclusão é que para serem bem sucedidas nesse novo ecossistema, as seguradoras devem abraçar a transformação digital, repensando o negócio e acelerando os processos de inovação ao invés de se ajustarem apenas em conformidade.