Por Ana Carolina Lahr
A fronteira entre bancos, fintechs e varejistas já desapareceu há um tempo. No entanto, se o benefício desse movimento é claro – aproveitar uma base de consumidores e, assim, ampliar a oferta de produtos e serviços com condições diferenciadas –, a forma como essa relação acontece vem sofrendo transformações no mercado.
As parcerias entre varejistas e instituições financeiras por meio dos acordos de private label, de correspondentes bancários ou de outros modelos de negócio se mostraram eficientes por bastante tempo. No entanto, com o advento do open finance, as grandes redes varejistas passaram a vislumbrar uma autonomia jamais vista em relação à oferta de serviços financeiros.
Apostando na sua “independência”, as novas tecnologias disponíveis – como o Bank as a Service – e a maior capacidade de processamento em nuvem têm facilitado a construção de uma infraestrutura bancária própria. Mas, em alguns casos, o envolvimento com o ecossistema financeiro é tão intenso que passa a integrar o core business das redes varejistas, levando-as a investir também no desenvolvimento interno de tecnologias para tanto.
Esse foi o caminho percorrido pela rede Magazine Luiza, que ocupa o terceiro lugar no ranking das 300 maiores empresas do varejo brasileiro, segundo levantamento divulgado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em agosto. A rede iniciou sua relação com o ecossistema financeiro há pouco mais de 20 anos, quando, por meio de uma joint venture com o Itaú, formou a financeira LuizaCred. Na sequência, foram criadas as operações de consórcio e de seguros. Em 2018, juntamente com a decisão da criação do marketplace, deu-se início ao Magalu Pagamentos, com o objetivo de processar os pagamentos em nome dos vendedores.
Em janeiro de 2020, foi lançado o MagaluPay, uma conta digital que oferece serviços financeiros aos clientes e às pequenas lojas que vendem por meio do marketplace do Magazine Luiza. A mais recente empreitada foi a criação da Fintech Magalu, anunciada em maio deste ano.
A mudança estratégica nos últimos anos transformou a varejista de bens duráveis em um ecossistema de negócios multifacetado, colocando-a também em primeiro lugar no segmento de lojas de departamento.
Nesta entrevista, Robson Dantas, diretor da Fintech Magalu, fala sobre os valores agregados ao consumidor ao optar por criar um banco próprio, sobre o papel da pandemia nesse processo e sobre as perspectivas para o futuro dos braços financeiros da rede varejista Magazine Luiza.
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