Atualmente cada banco tem sua própria solução para gerar os códigos de identificação (ID) dos dispositivos com os quais se relaciona para a realização de transações. Esses sistemas não são compatíveis uns com os outros e isto dificulta o conhecimento da reputação desses equipamentos em toda a indústria financeira. O fato faz com que um aparelho usado para aplicar um golpe na instituição ‘A’, não seja identificado como suspeito pela instituição ‘B’. Com base neste cenário, o projeto ‘ID de Máquina’, em desenvolvimento pelo Bradesco tem o objetivo de gerar um ID único das máquinas. Este identificador seria reconhecido por todas as instituições financeiras e o aparelho gerador de uma fraude em qualquer banco seria alvo de maior rigor analítico em toda a indústria.
A ideia foi apresentada pelo Analista Consultor do Departamento de Pesquisa e Inovação do Bradesco, George Marcel Smetana, durante o painel ‘Blockchain: iniciativas dos bancos no Brasil” realizado no CIAB FEBRAN ontem (7).
Segundo ele, o sistema desenvolvido em blockchain permitirá a troca de informação sobre a reputação das máquinas inclusive com outros segmentos como o comércio eletrônico e empresas de outros países, por exemplo. “Se alguém manifestar o interesse de fazer uma compra em um e-commerce e essa operação estiver sendo feito por um computador ou por um telefone celular que já aplicou um golpe em um banco, creio que esta informação seja valiosa para o sistema de segurança da loja eletrônica”, disse.
Outra proposta de uso do blockchain apresentada durante o painel foi o ‘Aceite de boleto de proposta”, que reúne Banco do Brasil, Bradesco, CIP, Itaú e Santander.
Além de Smetana, a discussão contou com as participações de Leandro Minniti, Gestor de Produtos da CIP, Flávio Stutz, Gerente de Divisão do Banco do Brasil, Adriana Teruya, Arquiteta Enterprise no Banco Itaú-Unibanco e Elton Melo, Arquiteto de Soluções do Banco Santander Brasil.