Uma reportagem publicada ontem (20/01) pela agência Reuter revela que em apresentações recentes a investidores, Bradesco e Banco do Brasil usaram a maior parte do tempo normalmente usado para apresentar suas inovações tecnológicas para mostrar suas iniciativas para desenvolver ou cooptar fintechs. Este fato mostra que os grandes bancos brasileiros não estão parados e apenas assistindo à entrada dessas companhias em nichos valiosos do mercado. A maior parte deles já está inclusive testando soluções criadas em seus próprios laboratórios.
Segundo a reportagem, o Banco do Brasil criou uma diretoria de negócios digitais, responsável por colher, desenvolver e premiar ideias de empregados para novos serviços com uso de tecnologia. O Bradesco está em fase avançada de testes para dois projetos concebidos dentro de seu programa InovaBra. E o Itaú Unibanco montou um espaço para startups em parceria com o fundo de capital empreendedor da Redpoint, o Cubo.
A matéria informa que atualmente um dos principais foco dos bancos no Brasil tem sido as ferramentas de renegociação online de dívidas. O serviço do BB criado para esse fim já movimentou cerca de R$ 2 bilhões em pouco mais de um ano. O Bradesco está em fase avançada de testes para um produto semelhante.
Isto porque algumas das fintechs que estão ganhando terreno mais rápido, como a Geru e a Lendico, se concentram na oferta de crédito pessoal com juros mais baixos do que os do setor bancário. A Lendico afirma que pratica taxas de juro entre 2,79% e 5,26% ao mês (algo entre 39% e 85% ao ano), enquanto na Geru as taxas são de 25% a 80% ano.