No trimestre passado, organizações financeiras tradicionais responderam por 25% do total de acordos de investimento em fintechs, uma participação com curva ascendente, conforme o estudo The Pulse of Fintech, da KPMG. “Isso mostra um interesse pelo valor real dessas empresas”, observa Oliver Cunningham, especialista da consultoria, na palestra realizada no Fintech View, na última quinta-feira, 09/06.
“No Brasil, os grandes players do setor financeiro têm trabalhado inovação de forma robusta”, avalia Cunningham. Ele destaca que praticamente todos os bancos globais têm programas de aproximação com empreendedores. “Às vezes se entende errado o termo ‘disruptivo’. O que vemos é muita colaboração entre incumbentes e entrantes”, diz.
No levantamento global, o peso das empresas e produtos relacionados a m-payments vem caindo, indicando uma relativa saturação. “No Brasil isso não está acontecendo porque ainda há muita oportunidade de ganho de eficiência”, pondera o consultor. Ele menciona que as aplicações e serviços relacionados a blockchain devem representar metade dos negócios com fintechs. “É o setor de maior incerteza e maior potencial. A tecnologia traz uma segurança que precisamos e o leque de aplicações é muito amplo”, justifica. Foram investidos cerca de US$ 5 bilhões em fintechs no primeiro trimestre.