Pesquisa da SumUp aponta dificuldade em conseguir empréstimos como desafio
A falta de acesso ao crédito é o principal obstáculo para o crescimento dos micro e pequenos empreendedores brasileiros, de acordo com pesquisa realizada pela SumUp, empresa global de tecnologia e soluções financeiras. O estudo, apresentado essa semana, mostra que o problema foi apontado por 32% dos entrevistados.
O segundo obstáculo mais percebido pelos empreendedores foi o cenário econômico brasileiro, com seus impostos, juros e taxas. O problema foi apontado por 20% dos entrevistados. Nesse sentido, para as empresas que atuam há mais de 10 anos, a economia brasileira é um entrave tão grande quanto a falta de acesso ao crédito.
“Nossa pesquisa traz um alerta importante sobre a economia brasileira. Quase um terço dos micro e pequenos empresários não consegue crédito nas instituições financeiras tradicionais. Sendo assim, e levando em consideração os últimos dados do IBGE e do Ministério da Economia, que apontam que hoje são mais 25 milhões e quase 15 milhões de brasileiros que se enquadram, respectivamente, nas categorias autônomo e MEI, conseguimos ter a ideia da magnitude desse problema”, contextualiza Mariana Lazaro, CFO da SumUp para as Américas.
Ela destaca a empatia com a realidade na qual levar um negócio a um novo patamar é um desafio. “Nossa ideia era entender qual era o fator que mais dificultava essa expansão. Além disso, podemos ouvir e atender melhor esses empreendedores com soluções que facilitem a sua vida”, conclui.
Particularidades
Avaliando os setores desses empreendedores, a pesquisa apontou que a falta de acesso ao crédito é o problema mais informado pelo setor de venda de eletrodomésticos, celulares e informática (48%). Enquanto isso, para os profissionais da saúde, a economia do Brasil é o principal desafio (27%). Entre taxistas e motoboys, por sua vez, o maior obstáculo é outro: o excesso de concorrência (30%).
Ao avaliar o tipo jurídico dos negócios, a falta de acesso ao crédito é a adversidade mais destacada por autônomos (31%) e MEIs (34%). Já em médios e grandes negócios, as condições econômicas brasileiras e a falta de capacitação em sua área de atuação são as questões mais latentes: ambas as opções citadas por 29% dos entrevistados.
A pesquisa também fez um recorte geográfico em relação aos desafios dos empreendedores. Os das regiões Norte e Nordeste têm mais problemas de acesso ao crédito. Enquanto isso, os do Sul e Sudeste reclamam mais sobre a falta de tempo para conciliar todas as atividades do negócio do que empreendedores de outras regiões.
Retenção de clientes
O relatório abordou ainda, em uma questão que permitia múltiplas respostas, qual a maneira favorita dos empreendedores para atrair e reter clientes. Atualmente, as redes sociais são a opção preferida, com 51%, seguidas pelo tradicional boca a boca, apontado por 48% dos entrevistados. Promoções e descontos foram citados por apenas 15% e iniciativas de fidelidade por só 7% dos entrevistados.
Avaliando os estabelecimentos por seus faturamentos, o relatório identificou que o uso de redes sociais é superior em negócios maiores. Além disso, quanto maior o faturamento, mais ocorre a adoção de programas de fidelidade para reter e atrair clientes.
O estudo ouviu 2.330 pessoas da base de clientes da empresa, em todas as regiões do País, entre os dias 7 e 14 de junho de 2023. A pesquisa está disponível aqui.
(FONTE: Assessoria de Imprensa)