Educação financeira: seis lições da pandemia para se lidar com o dinheiro

Educação financeira: seis lições da pandemia para se lidar com o dinheiro

Por Edilma Rodrigues

A pandemia da Covid-19 impôs mudanças rápidas, em toda a sociedade – empresas, organizações, governo e nas diversas relações das pessoas, o que inclui a percepção de como o planejamento financeiro pode ajudar a enfrentar crises. “Muitos brasileiros não estavam preparados financeiramente para passar pelo período de crise que o mundo viveu com o novo Coronavírus. Momentos como esse enfatizam ainda mais a importância da educação financeira e o quanto cuidar bem do dinheiro pode ser decisivo,” comenta a Creditas, plataforma online de crédito com garantia que atua na América Latina.

A empresa cita o levantamento do Instituto Paraná Pesquisas: 82,8% dos entrevistados disseram ter sido impactados financeiramente durante a pandemia por terem perdido emprego, salário reduzido ou seu negócio fechado. 

O especialista em educação financeira da Creditas, Otávio Machado, listou seis lições de educação financeira que a pandemia ensinou.

Ter uma reserva de emergência

Quem tinha uma reserva emergencial passou por este período com uma preocupação a menos, uma vez que ela pode ser usada em momentos de incertezas. E ajuda a não entrar no mau endividamento, recorrendo a opções que apresentam altos juros, como o cheque especial. “Além disso, traz a segurança de conseguir se manter estável no caso de perder o emprego, ter a diminuição de renda ou de ter um gasto inesperado. Para se ter uma reserva de emergência, é indicado que se economize, pelo menos, 10% da renda mensal e acumule um valor que seja suficiente para arcar com gastos pessoais por um período de quatro a seis meses,” recomenta Machado.

Planejamento financeiro

Segundo dados do CNDL/SPC Brasil, 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento. Neste período de isolamento social, muitas pessoas viram sua renda diminuir drasticamente e precisaram reavaliar os gastos mensais e fazer ajustes nas contas. 

“Por isso, o planejamento financeiro é tão importante. Com ele, é possível identificar o quanto de dinheiro entra e o quanto sai, elencar os gastos fixos e ter sempre uma porcentagem para os gastos inesperados. A regra do 50-30-20 pode ajudar: 50% da renda deve ser para os gastos burocráticos ou fixos, que são com a moradia, por exemplo; 30% para gastos flexíveis ou de qualidade de vida, que são gastos com lazer ou entretenimento e 20% para os investimentos no futuro, como aposentadoria ou criação de reserva de emergências,” diz Machado

Nem todo desejo é uma necessidade

Em um mundo sem pandemia, continua o executivo, as compras, muitas vezes, eram feitas sem muito planejamento. Hoje, estes hábitos sofreram algumas mudanças e nossos desejos às vezes são confundidos com uma real necessidade. Por exemplo, minha necessidade é poder me alimentar, mas o meu desejo é fazer isso pedindo comida fora todos os dias. É importante ter a consciência dos gastos essenciais e dos que são desejos e antes de comprar algo, a pessoa se faça essas três perguntas: Preciso disso? É necessidade ou desejo? Este é o melhor preço?

Gastar menos do que se ganha

A mudança na forma como enxergamos o dinheiro é o que nos faz gastar de forma adequada. Para ter uma organização financeira, é importante nunca gastar mais do que se ganha, planejar o futuro e comprar com consciência. “Não se esqueça dos seus objetivos financeiros e considere-os antes de fazer algum gasto que talvez não seja tão necessário e possa atrapalhar o planejamento.”

Fique de olho nos juros

Existem algumas alternativas para conseguir um crédito que ajude a quitar as contas ou que dê um respiro para o orçamento. Mas antes de sair utilizando o que vê pela frente, analise os juros que estão por trás. Cheque especial tem taxas muito altas e pode mais atrapalhar do que ajudar. Uma alternativa saudável é recorrer ao crédito com garantia de imóvel, de veículo ou o consignado privado. As parcelas são menores, os juros bem menores e o prazo de pagamento mais longo, tornando-se a modalidade ideal para não comprometer todos os recursos. 

Momentos difíceis ensinam muito

Quantas vezes você se deu um presente por estar feliz ou por ter conquistado uma meta que estava trabalhando muito para alcançar? É comum que em situações de extrema alegria façamos mais compras por impulso. Temos menos autocontrole e nossos sentimentos nos dizem que merecemos aquilo. Antes de fazer qualquer compra nestes momentos, é fundamental parar e analisar a situação, a necessidade de fazer essa aquisição e ponderar muito para tomar uma decisão. “A Covid-19 nos ensinou que podemos viver com menos gastos do que o estamos acostumados”, finaliza Machado.

Com informações da assessoria de imprensa

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