A existência de uma sociedade sem dinheiro em papel deixou de ser uma hipótese remota e já é considerada uma possibilidade concreta. Pelo menos foi isso que 70% dos participantes de uma pesquisa realizada pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) demonstrou. A entidade publicou os resultados na terça-feira, 05, revelando que a maioria das pessoas acredita que o dinheiro como o conhecemos hoje deixará de existir até 2030. Segundo os respondentes, assim como o dinheiro em cédula, os cartões plásticos de débito e crédito também não farão mais parte da rotina de pagamentos no futuro, sendo substituídos por outras formas de transações financeiras.
A pesquisa foi feita pela internet e abordou 1.903 pessoas de todo o mundo, inclusive do Brasil, entre 16 de fevereiro e 29 de março. O estudo demonstra que embora a maior parte das pessoas confie na digitalização dos serviços de pagamentos, poucas de fato se previnem ou se preocupam com a segurança de suas informações digitalizadas. Em uma escala de 1-5 (sendo 1 “menos preocupado” e 5 sendo “mais preocupado”), 50% das pessoas se diz pouco preocupada com a segurança de suas contas de correio eletrônico no trabalho, e 49% com a conta do e-mail pessoal.
“Se estamos mais confiantes em sistemas digitais, inclusive para troca de valores em moeda, ou confiando que nossas contas de e-mail são seguras, precisamos estar cientes das falhas destes sistemas e tomar as precauções necessárias para proteger nossa vida digital”, afirma Diogo Monica, membro do IEEE.
Mais de um quarto (26%) dos participantes da pesquisa também revelou que a nuvem é o método menos preferido para armazenar suas informações; 49% dos participantes escolheu o computador pessoal como sua principal opção. Participantes da pesquisa também se mostraram preocupados com as pegadas digitais que deixam pelo caminho.