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Crescimento exponencial das transações com criptomoedas acelera o crescimento das exchanges brasileiras

Um dos momentos mais aguardados do Blockchain View foi o painel sobre “Criptomoedas: Bitcoin, Bitcoin Cash, Ether, Dash e mais – investimentos, riscos e oportunidades.” Moderado por Safiri Felix, um dos pioneiros do bitcoin no Brasil, que desenvolve negócios na ConsenSys, os debates foram amplos e alertaram sobre riscos, discutiram temas como forks, regulamentação e tendências. Sobre a importância das criptomoedas, Safiri afirmou: “Blockchain sem ativo deixa de fazer sentido porque é preciso entender o mecanismo de incentivo.” Como se sabe, os mineradores, dispersos por todo mundo, recebem uma porcentagem para validar as transações realizadas na blockchain, que é um dos mecanismos que a torna tão inovadora.

Safiri ressaltou ainda sobre duas características intrínsecas das moedas digitais: a volatilidade e os forks. “Os forks são um processo natural de desenvolvimento da tecnologia,” tranquilizou.

Um dos consensos entre os quatro painelistas: Rocelo Lopes, da CoinBR; João Canhada, da Foxbit; Rodrigo Batista, do Mercado Bitcoin e Thiago Horta, do Bitcointoyou foi sobre o crescimento exponencial das transações em criptomoedas e do mercado no Brasil como um todo. O movimento se reflete, inclusive, no desempenho de suas empresas. A Foxbit saltou de 10 funcionários para 40 e deve chegar a 60 até o fim do ano. O mesmo aconteceu com a Bitcointoyou, que de dois funcionários foi para 20. O Mercado Bitcoin, por sua vez, tinha oito funcionários e agora tem 47 e a previsão é encerrar o ano com 80 a 85. Batista ainda informou que a estimativa é que 20 milhões de pessoas tenham algum envolvimento com criptomoedas no mundo.

Horta, do Bitcointoyou, mencionou a importância em estreitar o relacionamento com instituições governamentais como o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para haver mais segurança. Na mesma linha, Canhada, da Foxbit, comentou que, atualmente, as exchanges estão na fase de orientar as pessoas em como custodiar e armazenar essa nova classe de ativos. Recomendação reforçada por Batista, do Mercado Bitcoin, que falou sobre ensinar o usuário a como se proteger e ter acesso a sua conta. Por fim,  Safiri, da ConsenSys, chamou a atenção para alguns cuidados que devem ser tomados como não utilizar o e-mail de uso geral para se logar na plataforma e, mais ainda, criar e-mails específicos para cada corretora.

Para Batista, o próximo movimento de grande expansão do mercado deve acontecer quando a questão regulatória for resolvida e houver manifestação do regulador, seja ela positiva ou negativa. “O grande salto será quando pararmos de explicar o que é moeda digital e a usarmos sem pensar a respeito, algo invisível,” salientou. Mas Lopes, da CoinBr, acredita que a regulamentação ainda vá demorar. Para Canhada é preciso haver preocupação com o compliance das criptomoedas.

Segundo Lopes, uma das tendências em criptomoedas no Brasil, é que a maioria das pessoas as compra como investimento. “Hoje 60% dos clientes guardam o bitcoin e 40%, outras moedas, destes, 20% opta pelo ethereum,” contou aos mais de 200 participantes que acompanhavam o painel.

O último tema debatido foi um problema comum a todas as empresas participantes do painel: o fechamento compulsório e sem aviso de suas contas correntes, em grandes bancos, por trabalharem com criptomoedas. Utilizar bancos digitais como o Neon, que são bem mais receptivos a esta inovação, ou se tornarem instituições de pagamento, que atendem às regras do SPB – Sistema de Pagamentos Brasileiro foram algumas das soluções apontadas. Sobre o assunto, Horta, da Bitcointoyou, disse que espera que os bancos os vejam como parceiros.

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