Consumidores e mercado pressionam por “esverdeamento” dos bancos

Consumidores e mercado pressionam por “esverdeamento” dos bancos

Iniciativas recentes apontam que os bancos estão avançando no “esverdeamento” de suas carteiras e iniciativas globais e nacionais já fornecem diretrizes para o encaminhamento das operações.

A Febraban atualizou sua taxonomia verde e o Banco Central está se preparando para exigir que os bancos contabilizem potenciais perdas advindas de fenômenos relacionados a mudanças climáticas.

Essas iniciativas visam posicionar o Brasil como líder global no regulamento do setor financeiro com base em ESG. As transformações são profundas, mas extremamente necessárias para convergir com as demandas do consumidor e do mercado.

Eis alguns motivos para esse “posicionamento verde”: 

Primeiro, 74% dos brasileiros têm muito ou algum interesse em ecologia e meio ambiente, enquanto 78% se mostram pouco ou nada satisfeitos com os níveis de preservação ambiental no país. Os dados são da Pesquisa do Observatório Febraban, realizada em agosto de 2020.

Segundo, um levantamento da área de tendências do Google, que mostrou que o interesse pelo conceito ESG atingiu seu ponto mais alto dos últimos cinco anos no Brasil e nunca foi tão buscado quanto em 2020.

Terceiro, essa valorização das melhores práticas ESG já começam a se traduzir em condições melhores de crédito. Quem acessa o mercado de títulos e financiamentos com essas características pode obter redução de taxas ou outras vantagens.

Quarto, o aquecimento global é visto como um risco para a estabilidade financeira, já que desastres naturais ou altas temperaturas podem prejudicar os negócios ou as garantias dadas por elas a empréstimos.

Quinto, a sigla ESG tem impactado os investimentos. De acordo com os dados do IBM Institute for Business Value, cerca de metade dos 14 mil consumidores de nove países, incluindo o Brasil, afirmou levar em conta a sustentabilidade ambiental para suas carteiras de investimentos.

Insights CB – Edição nº 04

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