De acordo com uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 93% dos consumidores brasileiros pretendem comprar presentes no Natal deste ano. O montante corresponde a um total de aproximadamente 137 milhões de pessoas e significa um crescimento de seis pontos percentuais sobre a disposição de fazer compra registrada no ano passado, que foi de 87%. O estudo mostrou que apenas, 1,1% dos consumidores ouvidos não têm a intenção de comprar presentes e 5,6% ainda estão indecisos.
Os efeitos da crise econômica apareceram na pesquisa quando foi observado o gasto médio que as pessoas pretendem fazer por presente. Neste critério os consumidores que já planejaram a quantidade que será investida nos agrados, a redução real será de 22%.
Levando em consideração os entrevistados que disseram o quanto iriam desembolsar, o gasto médio por presente deverá ser de R$ 106,94, quantia inferior aos R$ 125,22 verificados no mesmo período de 2014. Os consumidores das classes C, D e E devem gastar um valor ainda menor: R$ 97,85 em média por presente. O número de indecisos também é alto: 46,6% dos entrevistados não têm ideia do valor que devem desembolsar para pagar os presentes natalinos. No ano passado, o percentual de consumidores que não sabiam o quanto iriam gastar era de apenas 8,7%.
Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, mesmo diante de um cenário adverso para o comércio varejista, os dados demonstram que o Natal exerce uma forte influência no estímulo ao consumo e carrega um significado cultural importante para as relações sociais e emocionais dos brasileiros, visto que a maioria absoluta dos consumidores deve presentar pelo menos uma pessoa no período. “Por outro lado, os números também indicam que os entrevistados estão receosos com as despesas de Natal, em virtude da queda da confiança do consumidor, consequência direta do aumento do desemprego, da alta da inflação e da atividade econômica mais fraca.