Após receber a aprovação do Banco Central, deve começar a operar em 2016 um novo banco no Brasil com foco na população de menor renda. A instituição é fruto de uma parceria entre o Bradesco e o Banco do Brasil e contará com R$ 1 bilhão em empréstimos e operações com cartões no início de suas atividades. O recurso tem origem na financeira Ibi Promotora, controlada pelos dois parceiros.
As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem lembra ainda que a criação de um banco para a baixa renda é mais um passo na parceria do Bradesco e do Banco do Brasil. Juntos eles já atuam na Alelo, de cartões de benefícios e de cartões pré-pagos; na Movera, de microcrédito; na Stelo, de meios eletrônicos de pagamentos; na Livelo, de programa de fidelidade; e na financeira Ibi.
O lançamento dessas companhias faz parte da estratégia definida pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil na época de criação da Elo Participações, em 2011, holding estruturada para deter fatias em várias empresas das duas instituições. O Bradesco detém 50,01% da Elo Participações e o BB, os outros 49,99%.
Ao lançar o banco para a baixa renda, Bradesco e BB miram cerca de 160 milhões de brasileiros que recebem até três salários mínimos mensais (R$ 2.364) e que, em muitos casos, não têm conta em bancos. Números do Banco Central confirmam o potencial desse mercado: das 56 milhões de pessoas que tomaram crédito no ano passado, 34 milhões são de baixa renda.
Além de crédito ao consumidor, o novo banco, que ainda não foi batizado, mas pode se chamar Elo, vai distribuir cartões de crédito e cartões pré-pagos. O novo banco aguardava a chancela do BC para atuar há cerca de três anos. O banco vai apoiar a financeira Ibi e utilizará sua rede de correspondentes bancários, com 145 unidades, uma vez que boa parte da população de baixa renda não usa agências bancárias tradicionais.