Em coletiva de imprensa realizada 16/12, a Abecs, Associação das Empresas de Cartões, informou que segundo suas estimativas as transações com cartões de crédito e débito devem chegar à marca de R$ 1,08 trilhão em 2015, o que representará um crescimento de 8,8% em relação ao valor transacionado em 2014. Os números da entidade revelam que os meios eletrônicos de pagamento tiveram ainda um papel fundamental no apoio ao consumo das famílias brasileiras ao longo do ano.
A ABECS apresentou dados do Banco Central, segundo os quais, o parcelamento sem juros do cartão de crédito foi responsável por 50,8% do volume de crédito concedido (recursos livres) para financiar o consumo de produtos e serviços no Brasil no 3º trimestre – o que representou R$ 84,6 bilhões. Isso significa que, além de ser um meio de pagamento seguro e eficiente, o cartão de crédito possibilita maior inclusão financeira e garante o financiamento do comércio brasileiro com o parcelamento sem juros.
Essa modalidade é amplamente preferida pelos consumidores segundo pesquisa mensal da Abecs, realizada pelo Instituto Datafolha. O levantamento revela que, em média, 67% dos portadores de cartão usam o parcelado sem juros pelo menos uma vez no mês. Se não houvesse essa modalidade, 74% fariam menos compras – o que certamente reduziria o desempenho do varejo, que registrou crescimento anual nominal de apenas 2,3% no 3º trimestre do ano.
Ainda de acordo com levantamento da Abecs, os brasileiros movimentaram R$ 267,8 bilhões em compras com cartões de crédito e débito apenas no 3º trimestre deste ano, o que representa um crescimento de 8,1% em relação ao mesmo período de 2014. Centro-Oeste é a região do Brasil onde o aumento do valor transacionado com os cartões foi maior no 3º trimestre, com 12,5% de crescimento. Em seguida, estão as regiões Sul (10,8%), Norte (10,7%), Nordeste (7,9%) e Sudeste (7,6%) – apesar de menor crescimento, o Sudeste responde por 60% de todo o valor financeiro movimentado pelas compras com cartões no Brasil.
Previsão para 2016 é que o valor transacionado com cartões de crédito e débito cresça em torno de 6,5%, chegando a R$ 1,15 trilhão.
