
Outro destaque da alta de março deve vir da carteira voltada à pessoa jurídica, com estimativa de crescimento de 0,9%. O avanço deve ser puxado pela carteira livre (+1,2%), com alguma recuperação em março, após o impacto negativo em fevereiro decorrente do episódio das Lojas Americanas.
De acordo com o levantamento, a sazonalidade positiva das linhas de fluxo de caixa, típica no fechamento de trimestre, também deve contribuir para o resultado. Ainda assim, o crescimento deve vir abaixo da média do período, levando a uma nova desaceleração em 12 meses, de 4,9% para 4,6% na carteira pessoa jurídica livre.
Na carteira direcionada, a alta deve ser mais modesta (+0,4%), embora suficiente para sustentar a aceleração do ritmo de expansão anual, tendência observada desde o 2º semestre de 2022. No caso, o ritmo da expansão deve subir de 7,7% para 8,0%, respondendo à reedição dos programas públicos e ganho de tração das linhas com recursos do BNDES.
“Entretanto, apesar do avanço no mês, o ritmo de expansão anual da carteira deve seguir em desaceleração, passando de 12,6% para 12,3%, reforçando a perspectiva de um crescimento nominal mais modesto do crédito em 2023 devido a um cenário de maior inadimplência e desaceleração econômica, que normalmente tornam as concessões mais seletivas”, avalia Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.
As projeções são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país e a pesquisa atua como prévia da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central, que será divulgada no dia 26 deste mês.
(Fonte: Assessoria de imprensa)