Ao abordar as “Perspectivas do blockchain no mundo e no Brasil” durante o último painel do Blockchain View ontem (20), os debatedores chegaram a duas conclusões básicas. A primeira é que o uso da tecnologia está crescendo numa velocidade muito maior do que era prevista e a segunda é que o Brasil não possui ainda um número de técnicos suficiente para desenvolver projetos e suportar este crescimento. A discussão foi moderada por Bruno Diniz, da Next Money e contou com a participação de Rosine Kadamari (Kriptasolutions), Edilson Osório Jr. (Original My) e Fernando Breslau (Aceleratech).
Rosine chamou a atenção para um movimento mundial de desmistificação do bitcoin. “Todo mundo já está entendendo que é uma tecnologia e o uso incorreto é o que pode levar à ocorrência de problemas. As pessoas estão percebendo que se ela está sendo usada como moeda é porque tem autoridades reguladoras olhando para isso”, disse.
Fernando Breslau concordou com essa desmistificação e completou trazendo para o debate uma pesquisa recente da IBM demonstrando que 15% das fintechs vão adotar Blockchain para o ano que vem. “Isto é muito mais rápido do que todos imaginavam há muito pouco tempo” disse.
Apesar de compartilhar do otimismo em relação ao crescimento do uso da tecnologia, Edilson Osório trouxe para a pauta a revelação de um problema que pode prejudicar este ritmo de crescimento. Segundo ele, o Brasil ainda não tem um número suficiente de técnicos habilitados para desenvolver projetos em blockchain. “É preciso trabalhar a formação dos profissionais. As empresas estão passando pelo estágio de qualificar seus profissionais antes de avançar com seus projetos”, disse.