Com o objetivo de diminuir fraudes e dar mais proteção aos clientes, o Banco Central definiu regras para diminuir a circulação de moedas e notas suspeitas. A partir de agora, a instituição financeira terá prazo para fazer trocas de moedas falsas nos casos em que o consumidor tiver feito o saque em máquinas automáticas ou no caixa físico.
As normas, que foram aprovadas nesta terça-feira (31/5) pelo Banco Central, também definem penalidades no caso desses prazos serem descumpridos. “Essa medida vem na esteira de outras adotadas ao longo dos últimos dez anos e que diminuíram o nível de falsificações”, afirmou Marcelo Cota, chefe de gabinete do Diretor de Administração do BC.
O técnico relatou ainda que nos Estados Unidos o nível de falsificações é pequeno: para cada 1 milhão de cédulas, 50 são fraudadas; no Brasil esse total é de 75 para cada 1 milhão. O objetivo é chegar ao mesmo patamar dos norte-americanos.
Segundo ele, essa resolução vai ser complementada pelo BC e trará proteção ao cliente bancário quanto ao prazo para receber resposta se o dinheiro é falso ou não. “Isso deve gerar mais ações preventivas e cuidar para que cédulas e moedas sejam legítimas”, observou Cota. As novas regras ainda devem dar mais agilidade às investigações da Polícia Federal.
Nos últimos dez anos, de acordo com o técnico do BC, o Brasil tem reduzido o número de notas falsas apreendidas. “Neste ano não tivemos nenhum registro de que um cliente tenha sacado nota falsa em ATM (caixa eletrônico). Se isso eventualmente ocorrer, o cliente pode ser imediatamente ressarcido”, explicou.