O Banco Central anunciou ontem uma resolução que eleva de R$ 44 milhões para R$ 70 milhões o valor dedutível do recolhimento de compulsórios sobre depósitos à vista. Com isso, os bancos de menor porte vão recolher menos dinheiro à autoridade monetária do país.
Em nota divulgada pela Agência Brasil o BC explicou que o valor de dedução não era alterado desde 2003 e a medida atende a uma demanda do mercado, principalmente das instituições de menor porte. Com a medida, serão liberados R$ 390 milhões, o que corresponde a 0,5% do total recolhido ao BC, referente a depósitos à vista.
O Banco Central também estabeleceu para julho de 2019 o prazo limite para dedução do saldo devedor dos financiamentos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Essa dedução no compulsório é válida para empréstimos contratados a partir de 16 de dezembro.
Outra medida foi a destinação de mais recursos – total de R$ 3 bilhões – para projetos de infraestrutura por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Em maio, foram remanejados R$ 22,5 bilhões de depósitos compulsórios para evitar a escassez de recursos para o crédito imobiliário.
A retirada de recursos da caderneta provocou problemas no crédito imobiliário porque os depósitos da poupança são usados para financiamento de imóveis. Desse total remanejado, cerca R$ 12 bilhões já foram usados no crédito imobiliário. Agora, dos cerca de R$ 10 bilhões restantes, estão sendo liberados R$ 3 bilhões para obras de infraestrutura, como saneamento.
Além dessas medidas, o BC decidiu não cobrar depósito compulsório no caso de empréstimo para suporte de liquidez (dinheiro disponível). No início deste mês, o Banco BTG Pactual pegou emprestado R$ 6 bilhões do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Com a medida, o banco não tem mais que recolher parte desse recurso ao BC.