“Os assistentes pessoais serão usados para tudo e o desempenho deles será melhor do que qualquer outra forma de interação.”. Esta declaração foi dada por Adam Cheyner, um dos cocriadores da Siri, assistente virtual da Apple, no último dia 10 de março, num painel sobre os avanços da inteligência artificial, no South by Southwest (SXSW), festival de música, tecnologia e interatividade que acontece em Austin (EUA) até 18 de março.
Segundo ele, estamos perto de uma revolução impulsionada pela inteligência artificial, que será tão grande quanto a da web ou do smartphone. O que não falta para Cheyner é autoridade para falar sobre o assunto. Com 30 anos de experiência em tecnologias de inteligência artificial, além de ser um dos cocriadores da Siri, em 2012 ele fundou a Viv Labs, dedicada a desenvolver um assistente pessoal que interaja com qualquer aplicação, que foi comprada pela Samsung no fim de 2017, por cerca de US$ 215 milhões. Embora a Viv continue operando de forma independente, desde a aquisição, Cheyner se tornou vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da divisão móvel gigante coreana.
Apesar de prever que a mudança ocorrerá em breve, o fato é que assistentes como Siri, da Apple; Google Assistant, do Google; e o Alexa, da Amazon; são usados raramente, não se popularizaram e ainda têm muitas limitações, tanto para identificar o que o usuário está dizendo, como para entender qual é a ação desejada.
A previsão do engenheiro é que nos próximos dois anos, à medida que as aplicações para os assistentes começarem a sair das mãos das grandes empresas e passarem para os desenvolvedores, como aconteceu com o iPhone, os problemas atuais serão superados e os assistentes irão se popularizar.
“Atualmente, usar a Alexa ou a Siri é como navegar na web tendo a opção de usar apenas os meus favoritos. Precisamos que os desenvolvedores nos ajudem”, disse. “Isso vai permitir que nos próximos dois anos o mundo ensine os assistentes pessoais”.
*Com informações do jornal O Estado de São Paulo