ABBC criará consórcio para participar do piloto do Real Digital

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) realizou, no dia 4 de maio, o evento Tokenização de ativos: uma nova onda, durante o qual anunciou a intenção de criar um consórcio para participar do desenvolvimento do Real Digital junto ao Banco Central.

O programa-piloto do Real Digital fará testes de emissão, resgate e transferência dos ativos na plataforma, bem como avaliará os fluxos financeiros decorrentes de eventos de negociação. Segundo a presidente da ABBC, Sílvia Scorsato, a intenção do consórcio é possibilitar maior diversidade na participação de instituições, na medida em que a ABBC propiciará a infraestrutura necessária para o projeto e ajudará na coordenação das ações. O Diretor de Inovação e Serviços da ABBC, Euricion Murari, explicou que a proposta também visa utilizar a associação como um nó da infraestrutura necessária para o ambiente, e, assim, otimizar recursos, dar viabilidade e oportunidade às associadas. Hoje, entre os 118 associados à ABBC, existem ao menos 13 instituições que já demonstraram interesse em participar do grupo.

O BC limitou a dez instituições autorizadas a possibilidade de participar do piloto, mas consórcios entram como se fossem uma única instituição. 

Paineis

Além do anúncio, o evento contou com especialistas renomados no mercado financeiro que contextualizaram o movimento da tokenização, apresentaram cases práticos e explicaram as diretrizes e os desafios do projeto do Real Digital do Banco Central do Brasil. 

O primeiro painel do evento contextualizou a economia tokenizada, com a participação do sócio da área de Financial Risk Management da KPMG Brasil, Fábio Lacerda, e do sócio de Consultoria de Transformação, líder em Payments, Banking & Digital Assets da KPMG, Thiago Rolli. Eles apresentaram os conceitos fundamentais sobre tokenização, vinculando-os ao atual debate sobre o Real Digital. 

No painel 2, Experiências com tokenização — casos práticos e visão de futuro, o CEO da Vórtx QR Tokenizadora, Carlos Ratto, contou que o avanço dos tokens tem a possibilidade de trazer mais eficiência no processo de emissão de ativos, porque aglutina os agentes que hoje existem no mercado. 

O Gerente Executivo de Estratégia de Negócios e Inovação da Nuclea, Raphael Mielle Trintinalia, e o especialista em Tecnologia e Inovação da Indústria Financeira para LATAM da Microsoft, João Paulo Aragão Pereira, concordaram, acrescentando que há uma oportunidade boa para crescimento do mercado financeiro, mas que a regulação é importante, principalmente por conta da visão sobre cibersegurança. Os painelistas colocaram que o Real Digital vai ser um propulsor para a criptoeconomia e que a tecnologia pode alavancar esse movimento.
 

No painel 3 – Real Digital, o Coordenador de Regulação de Riscos Financeiros em Infraestruturas do Mercado Financeiro do BC, Rafael Bianchini, demonstrou que, na visão do regulador, há uma aceleração permanente no mercado financeiro, principalmente com a popularização do Pix. “Há alguns anos, discutíamos o Pix e ninguém imaginava o que seria hoje. Agora estamos nesse mesmo estágio com o Real Digital. Não podemos negar que o Pix foi um salto de inclusão da população brasileira”, disse. “Estamos discutindo a tokenização de tudo, não só de ativos financeiros. Real Digital é a tokenização da moeda, que, juridicamente, continua sendo a mesma coisa”, conclui Bianchini.
 

Márcio Alexandre, Superintendente de Arquitetura e Governança de TI do Sicoob, apresentou sua visão sobre as diferenças na governança dos projetos Pix, Open Finance e agora o Piloto do Real Digital e, na sequência, compartilhou com a audiência a experiência do Sicoob em um projeto de DLT envolvendo outras instituições financeiras brasileiras para estabelecer uma rede blockchain ainda em 2018. 

(Fonte: Assessoria de Imprensa)

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