Por Edilma Rodrigues
Nubank, Inter, Original e C6 Bank reportam crescimento contínuo da sua base de clientes. Na semana passada, o Nubank atingiu a marca de 30 milhões de clientes. Os dados mais recentes do C6 Bank contabilizam 3 milhões de contas abertas. No terceiro trimestre deste ano, o Inter alcançou 7,2 milhões de correntistas. O banco Original, por sua vez, informa que, atualmente, possui 3,8 milhões de clientes. Apenas nessas quatro instituições, a soma de clientes chega a 44 milhões.
Segundo o Nubank, a empresa atingiu esse patamar ao oferecer um cartão de crédito sem anuidade, totalmente gerenciado por um aplicativo, hoje usado por 15 milhões de usuários, e uma conta digital, livre de tarifas, atualmente utilizada por mais de 26 milhões de brasileiros. “O Nubank também oferece empréstimo pessoal transparente e descomplicado, um programa de benefícios com pontos que nunca expiram e uma conta para pequenas e médias empresas. Em 2020, a empresa adquiriu a corretora digital Easynvest e se tornou líder no segmento de plataformas digitais de investimentos,” acrescenta.
O Inter, com seus 7,2 milhões de clientes no 3T20, registra incremento de 120% em relação ao 3T19. No trimestre, foram abertas 1,3 milhões de novas contas, um recorde, segundo o banco. Foram “20 mil contas por dia útil em setembro, crescimento de 31%,” informa a prévia dos resultados operacionais do Inter. Além disso, a instituição soma mais de 3,9 milhões de clientes com saldo em conta no período. O saldo médio é de R$ 1.227,00.
O C6 Bank, ao atingir 3 milhões de contas mostra um crescimento e tanto, uma vez que o banco tinha 1 milhão, em janeiro. E o banco Original, em maio, tinha 3,5 milhões, de lá para cá foram 300 mil novas contas. Para 2022, o objetivo é chegar a 10 milhões de correntistas. “O perfil do nosso cliente reflete o IBGE, com os mais variados perfis e em 100% das cidades brasileiras,” explica o Original.
Já os clientes do Inter são em sua maioria jovens de 18 a 36 anos. Entretanto, segundo a instituição, sua plataforma atende a todos os perfis, independente de idade, gênero, renda ou região geográfica.
A diversificação de serviços e apps cada vez mais completos são a estratégia comum a todos esses bancos digitais. Além de aportes. Para se ter uma ideia, ao longo de seus sete anos de existência, o Nubank levantou mais de US$ 1 bilhão com alguns dos investidores de tecnologia mais conhecidos do mundo, como TCV, Sequoia Capital, Kaszek Ventures, Tiger Global Management, QED, Founders Fund, DST Global, Redpoint Ventures, Ribbit Capital, Dragoneer Investment Group, Thrive Capital e Tencent.
Bancos digitais atraem novos players
E os bancos digitais parecem realmente atrair além de investidores, novos players. A Trampolin, fintech da categoria de Banking as a Service (BaaS), lança oficialmente nesse ano o aplicativo NeagleBank, um banco digital voltado ao público jovem pré-bancarizado – que leva o nome de um canal no YouTube. Pelo aplicativo, jovens e adolescentes podem receber mesada, fazer transferências, comprar créditos para jogos online e ter seu próprio cartão de crédito pré-pago. A conta digital voltada sobretudo para menores de 18 anos ficou entre os apps de finanças mais baixados na Play Store e Apple Store no Brasil.
A Instituição de Pagamento foi desenvolvida pela Trampolim em parceria com os youtubers Victor Trindade (Eagle) e Gabriel Soares (Neox). O NeagleBank conta com 7,6 milhões de inscritos e 1,4 bilhão de visualizações no YouTube. De 13 mil clientes, na fase de testes, o NeagleBank saltou para 110 mil correntistas em 1º de outubro de 2020.
