Por Edilma Rodrigues
A terceira edição do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) do Banco Central anuncia os 21 projetos que vão para a fase final do programa. Segundo o BC, esta edição destaca a maturidade dos trabalhos apresentados e o potencial de impacto que representam para a inovação no Sistema Financeiro Nacional (SFN). O LIFT recebeu, este ano, 67 inscrições de todas as regiões do Brasil e quatro projetos do exterior. Dos inscritos, 25 foram selecionados para a fase de desenvolvimento e 21 projetos alcançaram a fase final. O BC diz que é um recorde de entrega.
Os projetos apresentaram contribuições inovadoras em áreas como o agronegócio e sustentabilidade. São propostas voltadas à geração de títulos florestais, à criação de um marketplace que oferece crédito agrícola rápido e fácil para agricultores familiares soluções para auxiliar o produtor rural a obter informações para a tomada de crédito. Além de plataformas para promover a competitividade no mercado de crédito para pessoas jurídicas, no formato de marketplace reverso, entre diversos outros, relevantes para a economia nacional. A lista dos escolhidos está disponível no link.
Edição reflete avanço da transformação digital do setor
Criado para incentivar o desenvolvimento de projetos que propõem inovações tecnológicas no SFN, o BC avalia que o LIFT reflete, em sua edição de 2020, o avanço na transformação digital do setor financeiro nos últimos anos.
“O LIFT funciona como um indutor de inovação. A partir da seleção, ocorre um processo de aceleração de ideias para desenvolver um protótipo funcional em três meses, que tenha condições de provar que a inovação pode ter utilidade e melhorar o SFN. Desde a primeira edição, o LIFT já induziu o desenvolvimento de mais de 50 novos produtos em um período de três anos,” assinala o regulador em nota.
Os trabalhos desenvolvidos pelo LIFT têm contribuído para aumentar a competitividade e introduzir tecnologia de ponta no SFN, além de reduzir custos e introduzir novos modelos de negócio. As soluções para viabilizar o Open Banking são um exemplo. A identidade soberana é uma etapa fundamental para o desenvolvimento dos modelos de Open Banking. Ela permite que o cadastro do cliente seja de propriedade dele e não das instituições financeiras. Desde a edição de 2019, o LIFT tem desenvolvido soluções que autorizam o uso de identidade soberana, seguindo os objetivos estratégicos da Agenda BC# para o Open Banking.
De acordo com um dos coordenadores do LIFT, André Siqueira, para o BC é fundamental estar em contato com as inovações que surgem no mercado. “A proximidade com o BC no nascedouro das ideias permite um alinhamento com os objetivos estratégicos da Agenda BC#. Por meio da participação dos servidores do BC nos grupos de acompanhamento dos projetos, fomenta-se uma troca de experiências e um direcionamento dos novos produtos para atender a aspectos do mercado que precisam de maior maturidade, que têm baixa competitividade ou pouca oferta”, explica.
Fonte: Banco Central